domingo, janeiro 15, 2006

San Pedro de Atacama para Laguna Colorada




Acordamos umas 6 horas e saímos em direção a aduana do chile, depois de pegar uma pequena fila e providenciar toda a papelada de saída, seguimos até a fronteira com a bolívia. A simplicidade do país já começa pela casinha em que um guarda controla o trânsito de turistas pela fronteira. Continuando, chegamos a Laguna Verde, lugar muito bonito e onde planejávamos dormir, mas era muito cedo e resolvemos continuar, deixamos pra outro dia a subida ao Likancabur. Resolvemos seguir um dos diversos 4x4 que faziam o transporte de turistas por estes lados. Boa idéia que deveríamos ter mantido até o final. Passamos por uma região cheia de montanhas e com formações rochosas malucas.


Chegamos a umas lagoinhas com água termal, mas paramos apenas para almoçar não tomamos banho no piscinão de ramos boliviano. Mais a frente vimos alguns geisers ao longe e paramos em uma lagoa de enxofre, ou coisa parecida, algo saído de filme de alienígena, um monte de lama cinzenta borbulhante com um cheiro horrível.

Umas duas horas passamos pela aduana boliviana, que aqui não fica junto a migração como nos outros países, esta fica em uma mina de extração de acído sulfurico ( ou coisa assim ) a 5000 metros de altitude. Os encanamentos, o deserto em volta, o vapor e as montanhas lembraram madmax. Demos sorte chegamos antes do almoço do senhor da aduana, que foi muito prestativo e ágil, acho que ele estava como fome. Ali encontramos outros brasileiros que vinham de Uyuni e nos deram dicas sobre o caminho, não seguimos nenhuma delas. Mais estrada de terra e chegamos a Laguna Colorada as quatro horas, um lugar muito louco onde a água tem várias cores, desde vermelho das algas até o verde, e como todas as lagoas por aqui, muitos flamingos. Resolvemos procurar um pouso, vimos um lugar meio distante que parecia ser uma pousada, na verdade era, mas muito estranha e aparentemente abandonada, o Rodrigo se aproximou dos nativos pra fazer contato, mas aparentemente a comunicação não rolou, saímos dali rapidamente e mais a frente encontramos uma casinha com vários 4x4 de turistas e paramos ali mesmo. Um quarto comunitário com banheiro comunitário (unisex) , sem chuveiro. Bom tudo bem, se tinha tanta gente parando ali era porque não havia nada melhor na região.



Conhecemos David, Abel e Cristina três crianças que vivem no meio do nada e ficaram muito curiosas com a Nave e com nossas câmeras deixamos para eles umas camisetas de floripa como regalo. Descolamos uma sobra da janta dos turistas, já que a janta que a dona da pousada nos ofereceu foi prontamente recusada - sopa de carne de lhama "preta" muito estranha. Jantados, ficamos conversando com o pessoal no corredor, brasileiros, suecos e argentinos. Como nínguem trouxe violão tão pouco sabia cantar fomos dormir cedo.